sábado, 24 de maio de 2014

Pequena História do Cinema

A primeira imagem em movimento foram feitas pelo francês Louis Aimé Augustin Le Prince (1841/1890), em 1888.


A imagem é conhecida como Roundhay Garden Scene e tem apenas 2,11 segundos:


Outro nome importante, neste processo, foi o de William Kennedy Laurie Dyckson (1860/1935). Ele trabalhava para Thomas Edison (1847/1931) quando patenteou sua câmera, chamada Kinetograph e, com ela, apresentou o primeiro filme para um público: a Saudação Dyckson, em 1891:


Em 1893 Thomas Edison apresentou a Black Maria, que era uma caixa escura onde as pessoas inseriam uma moeda, para ver um pequeno filme. Mas ainda era uma experiência individual. A primeira experiência coletiva seria na França:



No dia 28 de dezembro de 1895, os irmãos Auguste Marie Louis Nicolas Lumière (1862/1954) e Louis Jean Lumière (1864/1948) realizaram a primeira sessão de cinema da História, no Salon Indien du Grand Café, em Paris, para um pequeno público pagante, que teve o prazer de assistir dez pequenos filmes, entre eles: La Sortie de l'Usine Lumière à Lyon (Saída da Fábrica Lumière, em Lyon), Le Jardinier (O Regador Regado) e L'Arrivée d'un Train en Gare de la Ciotat (Chegada do Trem em La Ciotat). Para muitos, essa é considerada a data inicial do cinema mundial.




Curiosamente, os irmãos Lumière não acreditaram que o cinema pudesse gerar lucro, e quem investiu mais nessa novidade foram os estadunidenses. Além deles, podemos citar alguns pioneiros da "sétima arte": James Stuart Blackton (1875/1941) e Albert Edward Smith (1875/1958) que fundaram, em 1897, a American Vitagraph, um dos primeiros estúdios cinematográficos do mundo; Georges Méliès (1861/1938), ilusionista francês que realizou os primeiros filmes com efeitos especiais, como O Castelo Assombrado (1896, primeiro filme de terror) e Uma Viagem À Lua (1902, imagem abaixo); e Charles Pathé (1863/1957), que criou a maior empresa cinematográfica do período anterior à Primeira Guerra Mundial, entre outros.



Duração dos Filmes: o desenvolvimento de filmes fez crescer os nickelodeons, pequenos lugares de exibição de filmes onde se pagava o ingresso de 1 níquel, no qual se juntavam uma grande quantidade de pessoas, chamando a atenção da elite para o poder de influencia daquelas exibições. Os filmes também começaram a crescer em duração. Antes um filme durava de 10 a 15 minutos. Em 1906, o filme australiano "The Story of the Kelly Gang" tinha 70 minutos sendo lembrado até hoje como o primeiro longa metragem da história do cinema. Depois do filme australiano, a Europa começou a produzir filmes até mais longos: "Queen Elizabeth" (filme francês de 1912, foto abaixo), "Quo Vadis?" (filme italiano de 1913) e "Cabiria" (filme italiano de 1914), este último com 123 minutos de duração.




Anos 10: em 1910, Hollywood (uma vila fundada em 1870, que virou município em 1903) fundiu-se a Los Angeles, e logo virou o destino de diretores de cinema e empresários cinematográficos, que acabariam criando os primeiros estúdios na região: Universal - 1912, Paramount - 1912, Fox - 1915) controlados por judeus (Daryl Zanuck - 1902/1979, Samuel Bronston - 1908/1994, Samuel Goldwyn - 1879/1974, etc. Alguns desses estúdios se fundiriam, criando outros ainda maiores, nos anos 20 e 30: Metro-Goldwyn-Mayer (1924, união dos estúdios de Samuel Goldwyn com Louis Burt Mayer - 1884/1957) e 20th Century Fox (1935, da antiga Fox), entre outros.


O letreiro de Hollywood, criado em 1921, ainda como Hollywoodland

Nessa época, fizeram sucesso os slapsticks (comédias "pastelão"), as "vamps" (mulheres sedutoras e cruéis) e as "gamines" (mulheres de aparência frágil). Os filmes ainda eram mudos e surgiram os primeiros astros e diretores que, em alguns casos, tiveram fama internacional: Mack Sennet (1880/1960), Charles Chaplin (1889/1977), Harold Lloyd (1893/1971), Buster Keaton (1895/1966), Theda Bara (1885/1955), Pola Negri (1896/1987), as irmãs Lilian Gish (1893/1993) e Dorothy Gish (1898/1968), Mary Pickford (1892/1979), Douglas Faibranks (1883/1939) e D. W. Griffith (1875/1948). Esse último se notabilizou pelo filme "The Birth of a Nation" (ou "O Nascimento de uma nação") de 1915,  que foi considerado um dos filmes mais polêmicos da época do cinema mudo, onde um retrato da sociedade americana foi considerado uma glorificação da escravatura, segregação racial e promoção do aparecimento da Ku Klux Klan.



Anos 20: nesse período, merecem destaque diretores como o estadunidense Cecil B. Demille, o russo Sergei Eisenstein, os alemães F. W. Murnau e Fritz Lang e o espanhol Luis Buñuel. Entre os astros e estrelas, Rodolfo Valentino, Clara Bow, Gloria Swanson, Paulette Goddard,  Louise Brooks, Gary Cooper e Al Jolson.

Anos 30:

Anos 40:

Anos 50:

Anos 60:

Anos 70:

Anos 80:

Anos 90:

Século XXI: 

domingo, 7 de julho de 2013

História Geral III - Civilizações Orientais II

No post anterior, vimos as quatro grandes civilizações orientais: Egito e Mesopotâmia (Crescente Fértil), Índia e China. Agora, vamos ver outras três, que também situam-se no Oriente, mas fugiam um pouco às regras das demais:

I - Hebreus: para simplificar a História do povo hebreu, vamos sempre lembrar que eles tiveram três formas de governo: os Patriarcas, os Juízes e os Reis. E também lembrar que a História precisa de comprovações históricas para afirmar algo. Por isso, a Bíblia é considerada fonte histórica para alguns assuntos comprovados. Outros, são questão de fé.


a) Patriarcas: eram líderes religiosos, considerados como "pais" (por isso a palavra "patriarca"), pelo povo. O primeiro foi Abraão, que levou o povo hebreu de Ur, na Mesopotâmia, até Canaã, a Terra Prometida. Lá, teve dois filhos: Ismael, filho da escrava Agar e Isaac, filho de sua esposa Sara. Os árabes se consideram descendentes de Ismael, e os hebreus se consideram descendentes de Isaac. Isaac foi pai de Jacó, e este teve doze filhos, que deram origem às Doze Tribos de Israel. Um deles, José, foi vendido como escravo para os egípcios. Segundo a tradição, ele interpretou os sonhos do faraó, que ficou amigo dele e convidou o povo hebreu a viver no Egito. Mas, quando os hicsos invadiram o Egito, os hebreus teriam ficado ao lado dos invasores. Por isso, quando expulsaram os hicsos, os egípcios escravizaram os hebreus. Somente séculos depois é que Moisés, o último patriarca, levou seu povo novamente para Canaã. Nesse contexto, ele teria recebido os Dez Mandamentos de Deus (Lei Mosaica).


b) Juízes: após o período dos patriarcas, veio o período dos juízes, que eram mais militares que religiosos. Um dos personagens mais famosos desse período foi Sansão, aquele que tinha uma vasta cabeleira que lhe dava força. Acabou quando Saul foi proclamado rei, dando início ao Reino (Monarquia).


c) Reino: por volta de mil anos a.C., o Reino dos Hebreus foi governado por Saul, Davi e Salomão. Foi um curto espaço de tempo, pois quando Salomão morreu, o Reino foi dividido em dois: dez das doze tribos fundaram o Reino de Israel ao Norte, com capital em Samaria. Esse Reino durou pouco, pois foi dominado pelos assírios, em 721 a.C. Nunca mais se ouviu falar das dez tribos. O outro reino foi o Reino de Judá, ao Sul, com apenas duas tribos e capital em Jerusalém. O povo desse Reino passou a ser chamado judeu. Em 539 a.C., os judeus foram capturados e levados para o que é chamado de Cativeiro da Babilônia. Abaixo, o mapa dos dois reinos:


Os judeus ficaram pouco tempo na Babilônia, sendo que foram libertos por Ciro, rei dos persas. Voltaram para sua terra, a Palestina. Eles eram servos dos persas, mas não reclamavam pois lhes eram gratos. Depois, foram dominados pelos macedônicos e pelos romanos, que os espalharam por todo o Império Romano (Diáspora Judaica - 70 d.C.), como veremos adiante. Mas lembre-se que eles nos legaram a religião judaica, que é base da religião cristã, monoteísta.

II - Persas: se a Mesopotâmia é o atual Iraque, a Pérsia é o atual Irã. Por volta de 834 a.C., os assírios escreveram sobre dois povos que viviam mais a leste: os parsis e os medos. Os parsis, ou persas, logo dominaram os medos, que viviam na região chamada Média. Os gregos chamavam a todos de medos (voltaremos a esse assunto nas Guerras Médicas). Aos poucos, eles foram criando um império, e seu primeiro imperador conhecido foi Ciro, O Grande. Como ele se dizia sucessor de herói lendário chamado Aquemenes, seu Império é também conhecido como Império Aquemênida. Ele durou de 550 a 336 a.C. e seu último Imperador foi Dario III. Nesse período, os persas dominaram a Mesopotâmia, a Palestina e o Egito, chegando até a Grécia, onde foram derrotados por esse povo. E em seguida, os macedônicos inverteram a situação, dominando o Império Persa. Veremos esses fatos adiante. Por ora, é interessante saber que os persas criaram um sistema de estradas e correios, que servem de exemplo até os dias de hoje. Abaixo, o mapa do Império Persa:


III - Fenícios: o terceiro povo do qual falaremos aqui são os fenícios. A Fenícia era uma estreita faixa de terra que ficava às margens do Mar Mediterrâneo. Do outro lado, haviam montanhas, cobertas de cedros. Essa região é o atual Líbano, e em sua bandeira podemos ver o cedro, símbolo do país desde que ele era Fenícia:


Se os hebreus merecem destaque pela religião e os persas pelas estradas e pelo correio, os fenícios merecem destaque pelas relações comerciais: como suas terras não eram propícias para agricultura, eles passaram a se dedicar ao comércio, antes mesmo dos gregos. Cada cidade fenícia era independente (cidade-estado) e comercializava algum produto. Os mais famosos eram os artigos de vidro, feitos com a sílica que havia nas praias, a madeira dos cedros (as portas do Templo de Salomão teriam sido feitas com cedros fenícios), o óleo de pinho (usado pelos egípcios na mumificação), o papel (feito da polpa das árvores) e os tecidos vermelhos (havia um molusco nas praias fenícias, chamado múrice, de onde se tirava a tintura vermelha). Esses produtos, e outros, eram disputados por diversos povos, e muitos reis e imperadores. E, para facilitar as transações comerciais, os fenícios adaptaram os alfabetos locais, e criaram um mais simples, que deu origem ao nosso atual alfabeto. Vidro, papel, tecidos vermelhos, alfabeto, foram as contribuições dos fenícios...


ATIVIDADE

* Analisamos 7 civilizações orientais (Egito, Mesopotâmia, Índia, China, Palestina, Pérsia e Fenícia). Agora, tente preencher um quadro, com detalhes de cada uma delas, para facilitar a memorização e os estudos. Veja o modelo abaixo, e se quiser pode melhorá-lo. Nele, preenchemos os dados sobre o Egito, como modelo. Você pode fazer o mesmo com as outras civilizações, utilizando os textos, mapas e até ilustrações, se quiser....




segunda-feira, 1 de julho de 2013

História Geral II - Civilizações Orientais I

Como vimos anteriormente, as primeiras civilizações se desenvolveram às margens dos grandes rios, desenvolvendo a agricultura e a criação de animais. Vejamos quais foram elas:

1) Mesopotâmia: palavra grega que significa "entre rios". A Mesopotâmia, atualmente, chama-se Iraque. Ali há dois rios principais: o Rio Tigre e o Rio Eufrates. Observe o mapa:


Nessa região, conviveram diversos povos:

a) Sumérios: se estabeleceram no Sul da Mesopotâmia  (onde os rios se encontram) aproximadamente em 5 mil a.C. Suas principais cidades eram Ur, Uruk e Lagash. Cada cidade era "protegida" por um deus ou deusa (eles eram politeístas). O chefe militar e religioso (teocracia) era chamado patesi. Eles criaram a escrita cuneiforme, desenvolveram sistemas de drenagem e irrigação, faziam armas e utensílios de bronze e criaram os signos do zodíaco, estudando os astros.

b) Acádios: chegaram à Suméria por volta de 2500 a.C., e dominaram os sumérios. Mas a cultura suméria era superior, e eles a adotaram.

c) Amoritas: também conhecidos como babilônios, já que sua principal cidade foi Babilônia. Dominando os sumérios e os acádios, os amoritas criaram o Primeiro Império Babilônico, um dos mais antigos da História. O soberano mais famosos desse período foi Hamurábi, que criou o primeiro código de leis da História, conhecido como Código de Hamurábi ou de Talião. Ele instituiu a lei do "olho por olho, dente por dente", pois as punições eram de acordo com os crimes. Mas já se percebia que as punições para escravos eram mais severas que aquelas feitas para homens livres (distinção de classe). Eles dominaram a Mesopotâmia entre 2 mil a.C. e 1750 a.C.

d) Assírios: chegaram à região por volta de 1300 a.C. Viviam mais ao Norte, e sua principal cidade era Nínive. Os assírios eram extremamente violentos, e praticavam inúmeras atrocidades com suas vítimas, desde linchamentos até corte de partes do corpo ou cegamento. Os outros povos logo se reuniram para derrotá-los. Por isso seu período de poder foi curto. Seu período terminou em 612 a.C.

e) Caldeus: foram os principais vitoriosos contra os assírios e logo criaram um novo império, dominando praticamente toda a Mesopotâmia. Esse império ficou conhecido como Segundo Império Babilônico, porque eles adotaram muito da cultura dos amoritas. Esse Império durou de 612 a 539 a.C.Seu principal imperador foi Nabucodonosor II, que ordenou a construção dos Jardins Suspensos da Babilônia e da Torre de Babel, citados na Bíblia. Os Jardins Suspensos eram uma espécie de zigurate, construção típica da Mesopotâmia, que tinha forma piramidal, mas possuía degraus, onde haviam plantas, fontes de água e até animais em exposição, no meio do deserto. Abaixo, a localização das principais cidades da Mesopotâmia:


2) Egito: ao contrário dos povos da Mesopotâmia, no Egito só viveu um povo, os egípcios. Eles criaram suas cidades às margens do Rio Nilo, e eram governados pelo faraó. Apesar das primeiras ocupações datarem de mais de 5 mil a.C., foi em 3100 a.C. que teria surgido o primeiro faraó, chamado Menés. Ele teria unificado as tribos do Alto Egito e Baixo Egito, criando o que chamamos de Antigo Império, com capital em Tínis e depois em Mênfis. Na imagem abaixo, podemos ver que o líder do Alto Egito usava coroa branca e o líder do Baixo Egito usava coroa vermelha. O faraó, unindo as duas regiões, também uniu as coroas:


O Antigo Império durou de 3100 até 2300 a.C. Nessa época, já se desenvolveu a crença da vida-pós-morte, e as pessoas eram enterradas em hipogeus, mastabas e pequenas pirâmides. Abaixo, umas das primeiras pirâmides, conhecida como Pirâmide de Degraus, construída para o faraó Djoser.


O ataque dos nômades no deserto e o aumento do poder dos nomarcas (nobres), descentralizando o poder e consequentemente enfraquecendo o faraó, puseram fim ao Antigo Império. Ao que parece, nesse período, houve uma verdadeira revolução social, e não havia um poder central. Mas, um dos maiores legados do Antigo Império são as três grandes pirâmides e a Esfinge de Gizé: foram construídas pelos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos. Mas gastaram tanto dos cofres, que não foram mais construídas pirâmides tão monumentais, depois dessas:



Por volta de 1985 a.C., surgiu o Médio Império, e a capital passou a ser a cidade de Tebas. Mas ele durou pouco: em 1785 a.C., o Egito sofreu a invasão dos hicsos. Esse povo dominou o Egito e uniu-se aos hebreus, que viviam no Império. Tempos depois, em 1555 a.C., os egípcios derrotaram e expulsaram os hicsos, e escravizaram os hebreus. Começava o Novo Império. O interessante é que os egípcios derrotaram os hicsos usando duas técnicas que aprenderam a usar com eles mesmos: o uso de cavalos (cavalaria) e armas de ferro (metalurgia mais avançada).



Durante o Novo Império, alguns faraós merecem destaque:

a) Tutmés I e Tutmés III: avô e neto, ampliaram o Império Egípcio ao seu tamanho máximo;
b) Hatchepsut: foi a única faraó mulher da História do Egito. Desenvolveu a cultura e o comércio, mas se vestia de homem, para que aceitassem suas ordens;
c) Amenófis III: ordenou a construção do Templo de Luxor;
d) Amenófis IV: mudou seu nome para Aquenaton e obrigou todos a adorar um só deus (monoteísmo), durante seu reinado. O nome desse deus era Aton, o disco-solar. Quando ele morreu, porém, os egípcios voltaram a adorar vários deuses. Sua mulher era Nefertite, uma das mais belas mulheres do Egito.
e) Tutancâmon: sucessor de Aquenaton, foi um faraó que morreu jovem. Mas ficou famoso porque sua tumba foi a única a ser encontrada intacta, por Howard Carter, em 1922. Abaixo, a máscara mortuária de Tutancâmon:


Hoje em dia, se olharmos uma foto de satélite do Oriente Médio, perceberemos que á uma faixa de fertilidade, que se estende do Egito à Mesopotâmia, e que parece com uma lua crescente. Por isso, chamamos essa região de Crescente Fértil:


O Crescente Fértil inclui a Mesopotâmia (atual Iraque, onde viveram diversos povos, no passado), o Egito (ainda tem esse nome, onde vive o povo egípcio), Israel (onde viveram os hebreus, que veremos mais tarde), a Fenícia (atual Líbano, também veremos mais tarde), e outros povos menos conhecidos.

3) Índia: a civilização indiana surgiu às margens do Rio Indo (veja mapa abaixo). Suas principais cidades eram Harappa e Mohenjo-DaroAs casas ofereciam todo o conforto doméstico: um poço interno com água fresca, sala de banhos, pátio com balaustrada e claraboia mantendo o ar fresco, cozinha, dependências de serviço, quarto para dormir no andar superior para os donos da casa e no andar inferior para seus servos. Um dos símbolos desse povo, chamado harapense (por causa da cidade) era a suástica, que depois foi usada pelos nazistas.


4) China: a civilização chinesa se desenvolveu às margens do Rio Amarelo (Huang Ho). Ele recebe esse nome por causa da cor amarelada da água. A tradição chinesa indica a Dinastia Xia como a primeira dinastia imperial, mas ela era considerada mítica até que escavações científicas encontraram os primeiros sítios da Cultura Erlitou, da Idade do Bronze, na província de Henan em 1959. Os arqueólogos já descobriram sítios urbanos, implementos de bronze e túmulos em locais citados como pertencentes aos Xia em antigos textos históricos, mas é impossível verificar que esses restos são dessa época sem registros escritos do período. Abaixo, mapa da China com o Rio Amarelo em destaque:


Obs.: ainda teremos mais um post sobre Civilizações Orientais, onde saberemos mais sobre hebreus e fenícios, e o Modo de Produção Asiático.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

História Geral I - Pré-História

Como sabemos, existe uma divisão clássica para a Pré-História:

1 - História Antiga: vai da "invenção" da escrita, cerca de 10.000 anos a.C., até o fim do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.;

2 - História Medieval: vai da queda do Império Romano do Ocidente, em 476, até a queda do Império Romano do Oriente/Império Bizantino, em 1453;

3 - História Moderna: da queda do Império Bizantino até a Revolução Francesa, em 1789;

4 - História Contemporânea: de 1789 até os dias atuais.

Lembrando que essa divisão já não é mais tão aceita, mas ainda utilizada em muitos casos...


A Pré-História

Sabemos que o que aconteceu antes da História, ou seja, antes da "invenção" da escrita, é chamado de Pré-História. Essa fase anterior à História é dividida em períodos, também. Mas, para nosso entendimento, podemos citar apenas dois:

1 - Paleolítico (Idade da Pedra Lascada): os dinossauros existiram há milhões de anos,e isso não é assunto da História, mas da Arqueologia. Mas, depois do fim dos dinossauros, os mamíferos puderam evoluir mais tranquilamente. E, entre esses mamíferos, o homem. Segundo as teorias mais aceitas, os primeiros hominídeos (nem eram chamado de humanos ainda), eram bem diferentes do que somos hoje. Eles teriam surgido há cerca de 2,5 milhões de anos, e foram evoluindo, e se espalhando pela Terra (teriam surgido na África):

Esses hominídeos, a princípio, não eram diferentes de outros animais, como podemos ver na ilustração acima. Somente com o tempo é que desenvolveram armas, feitas com paus e pedras (lascavam as pedras para afiar, o que deu nome ao período). O Homo erectus já usava armas. Em seguida, alguns passaram a usar vestimentas, morar em cavernas, fazer imagens, como o Homo sapiens. Em resumo: esses seres eram caçadores, coletores e nômades.


2 - Neolítico (Idade da Pedra Polida): por volta de 10.000 antes de Cristo, descobriu-se a agricultura. Acredita-se que foram as mulheres, que ficavam nas pequenas aldeias com as crianças, que descobriram. A questão é que essa descoberta foi tão revolucionária, que é chamada de Revolução Agrícola. Esse é o fim do Paleolítico e o começo do Neolítico. Mas não foi num momento e nem em todos os lugares. Podemos dizer que essa Revolução ocorreu em três lugares, inicialmente: com o trigo no Oriente Médio, o arroz na Ásia e, em seguida, com o milho nas Américas. E porque ela é considerada uma revolução? Observe a figura abaixo:


Nela, vemos cada pessoa desempenhando um papel. Podemos chamar isso de especialização do trabalho. No Paleolítico, as mulheres ficavam na aldeia e os homens saíam para caçar. E quando o alimento de um lugar acabava, iam para outro (por isso eram chamado de nômades). Agora, não era necessário todo mundo sair caçar e nem todo mundo ficar plantando. O alimento foi ficando mais abundante,e havia pessoas que podiam fazer outras atividades necessárias: governar, cuidar da religião, ser soldado, fazer roupas, casas, armas, ferramentas...


Primeiramente, a plantação precisa de cuidados. Então, as pessoas passaram a residir num locar fixo, perto de um rio, se tornando sedentárias. Em seguida, começaram a cuidar da terra, que passou a ter um valor (quanto mais fértil, mais valiosa), e assim ocorreram as primeiras guerras por propriedade, o que não acorria antes (por isso, a necessidade de soldados ou vigias). E, como nem todos precisavam plantas, e sobrou tempo para outras atividades, percebe-se que o acabamento das armas e ferramentas melhorou. Por isso, chamamos de "pedra polida": por que melhorou a qualidade do trabalho...


Essas primeiras vilas foram crescendo, anexando outras, criando uma linguagem única, surgiram cidades, depois territórios maiores, e as primeiras civilizações, na China, Índia, Egito e Mesopotâmia. Elas eram chamadas de hidráulicas, porque nasceram às margens de grandes rios. E o desenvolvimento foi tão rápido, que em cerca de 6 mil anos, desenvolveram conhecimentos científicos (matemática, engenharia, astronomia) e a escrita. É nesse momento que acaba a Pré-História e começa a História...


ATIVIDADE

- Bem simples: compreender as características do Paleolítico e do Neolítico, usando palavras como nomadismo, sedentarismo, especialização do trabalho, fertilidade e outras....Ha! E deixe um comentário, a fim de melhorar os próximos textos....



sexta-feira, 5 de abril de 2013

X-Men - Anos 80 (Segunda Parte)

Como vimos, num post anterior, os Anos 80 foram muito ricos em novidades, para os X-Men. Um desses acontecimentos foi a série Days Of Future Past, que agora vai ser transformado em filme.


Tudo começou em 1965, com a criação do cientista militar Bolivar Trask. Esse personagem representa o medo que os seres humanos, ditos "normais", têm dos mutantes. Ironicamente, esse personagem possui dois filhos mutantes: Larry e Tanya.

Uma curiosidade: Bolívar Trask foi "copiado" da imagem de Walt Disney...

Justamente por ter medo dos mutantes, Trask cria um grupo de robôs mortíferos, os Sentinelas. Esses robôs detectam mutantes. Mas o filho de Trask, Larry, é protegido por um medalhão que seu pai criou.


Os Sentinelas, também criados em 1965, atacaram os X-Men originais, e raptaram o Fera. Trask teve acesso aos pensamentos dele, e descobriu que o grupo queria ajudar a humanidade. Arrependido, deu sua vida para salvá-los. Mas o filho dele, Larry Trask, acreditou que os mutantes foram culpados pela morte de seu pai, e criou uma nova geração de Sentinelas, mais perigosos que os primeiros. Esses robôs sequestraram Alex Summers, e Larry lhe deu um uniforme de contenção, que acabou transformando-o no herói Destrutor.


Um juiz, amigo de seu pai, tirou o medalhão dele, na tentativa de fazê-lo perceber que também era mutante, e parar com aquela vingança. Mas, sem o medalhão, ele acabou sendo alvo de seus robôs, e ficou catatônico. Tampos depois, ele recuperou sua mente, e lutou com os Vingadores, contra os Sentinelas. Nessa batalha, acabou morrendo esmagado por um dos robôs.


Os Sentinelas criados por Bolívar Trask eram chamados de Mark I. Aqueles criados por Larry Trask eram Mark II. Em 1975, foi criado o personagem Steven Lang, que também odiava mutantes. Ele criou os Sentinelas Mark III:


Depois foram criados os Sentinelas Mark IV, V, VI e VII, por Sebastian Shaw, do Clube do Inferno. E é então que chegamos à narrativa de Days Of Future Past. Esse arco de histórias teve início em 1981 e começa com a volta de Kitty Pryde, do futuro. Nesse futuro, os Sentinelas mataram milhares de mutantes, e aprisionaram outros tantos. Kitty Pryde retorna ao passado (nossos dias), para tentar evitar os acontecimentos que levariam àquela realidade.


Foi nesse arco que surgiram três personagens, também vindos desse futuro:

1) Rachel Summers: nesse futuro hipotético, Cíclope e Fênix tiveram uma filha, Rachel, que herdou os poderes da mãe. Depois, descobriu-se que ela era obrigada a caçar outros mutantes.


2) Nimrod: criado em 1985, esse personagem é uma versão futurista dos Sentinelas, muito mais poderoso. Seu nome é tirado do Gênesis, e significa "um poderoso caçador, diante do Senhor:


3) Ahab: era um ciborgue, que comandava Rachel Summers. Quando ela fugiu para nossa época, ele veio atrás, e combateu vários heróis. Mais tarde, falaremos dele.


Outro personagem criado em 1981 foi Vampira (Rogue). Ela possui o poder de "sugar" os poderes e lembranças alheios, e começou como vilã, tendo sido adotada por Mística, da Irmandade de Mutantes. Mais tarde, também ingressou nos X-Men:


No próximo post, vamos ver o período em que Magneto foi líder dos X-Men, e conhecer melhor a Irmandade de Mutantes e o Clube do Inferno.




domingo, 24 de março de 2013

As Vinte Mais da Ficcção

1) Mulher Maravilha (Diana, 1941)



2) Canário Negro (Dinah Drake, 1947)



3) Supergirl (Kara Zor-El, 1958)



4) Etérea (Tinya Wazzo, 1961)



5) Garota Marvel/Fênix (Jean Grey, 1963)



6) Viúva Negra (Natasha Romanova, 1964)



7) Sif (1964)



8) Batgirl (Barbara Gordon, 1967)


9) Polaris (Lorna Dane, 1968)



10) Sonhadora (Nura Nal, 1966)



11) Delfim (1968)



12) Valquíria (Brunhilde, 1970)



13) Tempestade (Ororo Munroe, 1975)



14) Psylocke (Elizabeth Braddok, 1976) 



15) Fogo (Beatriz da Costa, 1979)



16) Cristal (Alison Blaire, 1980)




17) Emma Frost (1980)



18) Estelar (Koriander, 1980)



19) Elektra (Elektra Natchios, 1981)



20) Adaga (Tandy Bowen, 1982)